as casas dos sonhos

antes de dormir faço um pedido em oração: quero visitar casas. gosto dos sonhos em que eu ando por casas e não somente nas ruas. nestes sonhos as casas não têm as portas trancadas, às vezes, elas ficam com a porta da frente totalmente abertas e na sala principal tem uma mesinha com uma jarra de água e café sempre pronta para as visitas e transeuntes. um amor espontâneo.

lembro-me de ao caminhar por (d)entre as casas reparar nos jardins bem cuidados e floridos: tropicais, japoneses, de todo tipo, quase sempre mixados, impuros, exuberantes. eles se impunham no caminho e trajeto. os jardins entravam dentro das casas por vasos, xaxins e pelas janelas. as casas tinham tapetes e cortinas de cores fortes, sofás disponíveis para quem quisesse descansar e sempre, sempre uma alma feminina ou paternal que receptivos apontavam o lugar de descanso ou de prosseguimento.

o que mais me divertia, além do carinho dos donos ou visitas presentes nas casas eram as arquiteturas que assim como os jardins não se fixavam em nenhum estilo… janelas coloniais, portas de grossas espessuras, casas modernas (pastilhas, pedras rosadas, laranjas, azulejos coloridos), todas tinham personalidade, todas me diziam de algo um pouco, todas me propulsionavam a seguir e a descobrir mais sobre aqueles adoráveis desconhecidos e suas casas-passagem aconchegantes.

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